quarta-feira, 27 de julho de 2011

Musicos do MS (Tradicionais)

 Zacarias Mourão


Biografia

Zacarias dos Santos Mourão(15/03/1928 - Coxim/MS** 1989 - Coxim/MS - Em 2011 Zacarias Mourão estaria completando 83 anos. A prefeitura Municipal de Coxim por meio da FUNRONDON (Fundação Prof. Clarice Rondon de Cultura, Desporto e Lazer) realizou no dia 16/03, na Confraria do Piau, Bar do Zé Guedes, o tributo a Zacarias Mourão, evento que da seguimento ao 14° FORARTE (Fórum de Arte e Cultura de Coxim), que aconteceu no dia 12/03.

O evento contou com apresentações musicais, apresentação do vídeo documentário “Um pedaço do Céu” produzido pelos jornalistas, Douglas Queiroz, Hugo Crippa e Karla Lyara; teatro com a peça “Crimeria” escrita pelo poeta Geraldo Mochi e interpretado pelo Prof. Luiz e muita poesia, lembrando o legado cultural deixado por Zacarias Mourão.

Fizeram-se presente no evento a Prefeita Municipal Dinalva Mourão, o Vereador Adilson do Detran, a Secretária Municipal de Assistência Social Luzia Louzada, o Diretor de Cultura José Paulo Monteiro Nogueira, familiares do poeta homenageado, Geraldo Mochi, demais autoridades e o público coxinense que marcou presença na Quartaneira.

Compositor lendário e folclórico no mundo sertanejo teve programas no rádio e na televisão, escreveu em diversas revistas especializadas no gênero sertanejo. Trabalhou na gravadora CID, onde produziu diversos discos. Foi ainda em São Paulo, que Zacarias começou como radialista, trabalhando na Rádio Bandeirantes, onde exerceu o papel de diretor artístico sertanejo. Foi diretor artístico e produtor nas gravadoras Polygram (atual Universal), Chantecler, (Warner Music) e RCA (BMG). Zacarias Mourão chegou, ainda, a ser funcionário das emissoras Excelsior (atual CBN) e Nacional (Globo).

Teve diversos parceiros, entre os quais Goiá, com quem compôs seu maior sucesso, "Pé de cedro", que recebeu diversas gravações, regravada por diversos nomes da música sertaneja como: Sérgio Reis, Milionário e José Rico, Amambay e Amabaí, Primas Miranda, Tião Carreiro e Pardinho, Irmãs Galvão e Zilo e Zalo. Foi por meio da música Pé de Cedro, que Zacarias Mourão levou o nome de Coxim para Mato Grosso do Sul e também a outros estados do Brasil.


Musicos do MS (Tradicionais)

   Tostão e Guarany


Biografia
Tostão & Guarany já está na história da música de Mato Grosso do Sul. Afinal, são duas décadas e meia de serviços prestados para a arte sul-mato-grossense. A dupla já tocou em todo tipo de palco desde que os amigos Adir (Tostão) e Evânio (Guarany) se conheceram no início dos anos 80 em Campo Grande. Picadeiros de circo, carroceria de caminhão, centros comunitários, programas televisivos, festivais, projetos e eventos importantes... No dia 25 de agosto, Tostão & Guarany se reune mais uma vez e por um motivo especial: a gravação ao vivo do primeiro DVD da dupla para marcar os 25 anos de estrada. O show acontece na Concha Acústica Família Espíndola, na Praça do Rádio Clube, a partir das 19 horas. O acesso é gratuito.
No repertório do espetáculo os principais sucessos da carreira da dupla. O público ainda vai acompanhar o encontro de Tostão & Guarany com convidados mais do que especiais. Um deles será Aurélio Miranda. O violeiro e compositor tem uma ligação histórica com a dupla. Em 1978, Aurélio e Adir montaram Cruzeiro & Tostão, que depois se transformou no trio Cruzeiro, Tostão & Centavo, juntamente com o saudoso sanfoneiro João Silvestre da Silva. O trio ganhou dois Festão e emplacou vários hits em MS, como “Estrada de Chão”.

As outras duas convidadas do show também fazem parte da história da música sul-mato-grossense. A cantora Delinha, do duo Délio & Delinha, vai dividir o palco da concha com a dupla. Foi ela que no final dos anos 70 ajudou Cruzeiro & Tostão a produzir o primeiro LP na gravadora Califórnia, em São Paulo, do finado Mário Vieira. A outra convidada da noite é a cantora Lígia Mourão, filha do saudoso Zacarias Mourão, célebre compositor do clássico “Pé de Cedro”. Lígia e Evânio cantaram juntos no início da carreira nos anos 80, antes dela formar o Duo Canto Livre, com sua mãe Anahy, e ele se transformar em Guarany. O grupo Seis é Demais também fará uma participação no show.

História

A trajetória de Tostão & Guarany começou em 1983. Tudo começou quando Tostão foi a um show e viu Guarany cantando com Lígia Mourão no teatro Glauce Rocha. Tostão fazia parte do trio muito popular Cruzeiro, Tostão e Centavo. "O Aurélio Miranda, que era o Cruzeiro, estava comigo e disse que aquele garoto em cima do palco poderia muito bem fazer dupla comigo", lembra Tostão. Algum tempo se passou até que Tostão foi a uma igreja e acabou dando uma "canja" com Guarany, que já estava se apresentando no evento. "Cantamos a música 'Estrada de Chão' que eu sabia porque era fã do trio. Depois disso acabou acontecendo a dupla naturalmente", relata Guarany.

Os trabalhos que compõe a discografia da dupla são o compacto "Estrada de Chão", de 1983, o LP "Luzes do Além", de 1984, e o CD "Recordações", de 2001. "Para completar todas as mídias só falta lançar o DVD”, brinca Tostão. Desde que estão juntos já se apresentaram em diversos eventos representando o MS, como o Projeto Pixinguinha, os programas "Som Brasil" e "Viola Minha Viola", além de vários festivais.



Musicos do MS (Tradicionais)

Geraldo Espindola

Biografia
Geraldo Espíndola nasceu em 1952, numa família de músicos de Campo Grande, a capital do Estado do Mato Grosso do Sul. É com certeza um dos mais importantes compositores da moderna música popular brasileira de Mato Grosso do Sul e certamente do País. É um artista cuja sensibilidade nutre-se da beleza singular e da cultura extraordinária do meio natural e humano que é o Pantanal, e das lutas e esperanças daqueles que batalham para sobreviver.

"Falo da natureza, da preservação da natureza, do patrimônio histórico que é nosso Pantanal, da água do planeta, água de beber do planeta. Porque eu tenho consciência que a gente tem que fazer alguma coisa, porque atrás da gente vem mais gente e vai vir mais gente e mais gente; a gente tem que pensar no futuro de toda a humanidade. É fundamental que a gente seja um povo limpo, civilizado, sem violência e que cuide das coisas do planeta como quem cuida de um bebê da gente."

Músico e cantor de raro talento, sua voz, às vezes áspera, às vezes aveludada, tira suas forças dessa terra, desse ambiente natural, dessas batalhas. Mais que um simples compositor, cantor e músico de talento, Geraldo Espíndola é uma legenda da música de Mato Grosso do Sul e de toda a região Sudoeste do Brasil.

Musicos do MS (Tradicionais)

Tetê Espindola

Teresinha Maria Miranda Espíndola, mais conhecida como Tetê Espíndola (Campo Grande, 11 de março de 1954) é uma cantora, compositora e instrumentista brasileira. Atualmente mora no bairro de Moema, em São Paulo.
As características de sua carreira estão na multiplicidade, com incursões pela vanguarda, o pioneirismo regionalista, fusões do acústico com o eletrônico e experimentalismos com pássaros

Biografia

Tetê é irmã de Humberto Espíndola, artista plástico de renome internacional, e foi por ele e a mãe Alba Miranda onde desenvolveu os dons artísticos entre as sessões de teatro que a mãe e Humberto encenavam, e/ou, entre as audições de rádio no período vespertino. Porém, a veia artística não vem só daí, pois na família havia primos-trigêmeos que se apresentavam em grandes orquestras, inclusive para Getúlio Vargas. Mas o primeiro a aprender a tocar violão em casa foi o irmão Sérgio, que ensinou Geraldo, e Geraldo ensinou Tetê.
Era evidente que rolava muito som entre os irmãos em casa, já que todos tocam e cantam, e em 1968, Tetê, Geraldo, Celito e Alzira formam o grupo LuzAzul e passam a executar concertos na via Cuiabá-Campo Grande. E foi na via-crucis, no meio do caminho, num local muito especial para Tetê chamado Chapada dos Guimarães, ao lado de passarinhos e do Véu da Noiva que Tetê descobre a sua voz aguda…
O LuzAzul decide ir para São Paulo. Vão primeiro Celito e Tetê, e começam a tocar em barzinhos e abrir espaço para os outros irmãos se transferirem de vez para São Paulo, quando fecham contrato com a Phonogram/Phillips, e a pedidos da própria gravadora, mudam o nome LuzAzul para Tetê e o Lirio Selvagem, lançando assim seu primeiro trabalho em 1978. Em 1979, Tetê o e Lirio Selvagem se desfaz, a gravadora decide lançar Tetê em um disco solo - Piraretã.
Em 1981, ao lado de Arrigo Barnabé, defendem a valsa Londrina(de Arrigo) no MPB Shell, que recebe o prêmio de melhor arranjo por Cláudio Leal. Em 1982, entre muitas experimentações sonoras feitas através de sessões com Stenio Mendes e Theophil Mayer (inclusive exibido pela TV Cultura em um especial), surge o disco Pássaros na garganta, aclamado pela crítica, e onde a estética do som é batizada por Arrigo Barnabé de sertanejo lisérgico. Em 1985, Tetê vence o Festival dos Festivais da Rede Globo com a canção Escrito nas estrelas, composição do marido Arnaldo Black com Carlos Rennó, que bate recordes de execução e vendagens, dando-lhe o disco de ouro. Em 1986, como parte do conograma da gravadora Barkley/BMG Ariola, segue-se o disco Gaiola, onde executam uma gigantesca turnê pelo Brasil.
Tetê dubla, atua e faz a trilha sonora do filme Mônica e a Sereia do Rio (de Maurício de Sousa) dirigido por Walter Hugo Khouri; e faz uma participação no curta Caramujo-Flor, de Joel Pizzini, junto com Almir Sater, Aracy Balabanian, Ney Matogrosso e outros artistas de Mato Grosso do Sul. Como representante brasileira, participa do Festival The concert voice, em Roma (1988). Em 1989, canta no New Morning (Paris) e no Festival de Jazz da Bélgica. Com uma bolsa da Fundação Vitae, em conjunto com Marta Catunda e Humberto Espíndola vão rumo á Amazônia numa expedição em busca do canto do uirapuru, onde gravam uma série de sons de pássaros, que depois de catalogado, e parte das experimentações musicais feitas por Tetê na Amazônia, gera o disco Ouvir/Birds (1991).
Tetê passa alguns anos se dedicando à família e em 1998, junto com a irmã Alzira, gravam o disco acústico só de canções regionais/tradicionais - Anahí, sucesso de venda e de público nos concertos que lotaram uma agenda de 2 anos. Quando então, aparece o excelente disco Vozvoixvoice, dirigido e produzido por Phillipe Kadosch, no qual o conceito aplica-se em fazer da voz, todos os instrumentos (baixo, bateria, guitarra, sopros, etc.). Em 2003, Tetê participa em dois projetos junto com a família - Espíndola canta e O que virou, e em 2005 lança o disco Zencinema só com canções de Arnaldo Black.
Em 2006 e 2007 participou de várias apresentações com a soprano Adélia Issa. Ainda em 2007 lança o disco Evaporar completamente produzido no Mato Grosso do Sul, desde a escolha de músicos à finalização do trabalho.

Musicos do MS (Tradicionais)

                                                       Paulo Simões

Biografia

Paulo Simões é um dos artistas sul-mato-grossenses que realmente fazem história pelos caminhos pantaneiros. Sua aventura musical iniciou em 1967 com o grupo “Os Bizarros”, numa parceria irreverente de Paulo com os músicos Geraldo Espíndola e Maurício Barros Almeida. Tem participado de todos os movimentos musicais do Estado, desde os festivais que aconteceram nos fins dos anos sessenta e início da década de setenta, onde foram revelados os grandes nomes da música de Mato Grosso do Sul. E, ao contrário do que muitos pensam, quando fez a música “Trem do Pantanal”, ainda não conhecia de perto a vida pantaneira. Isso só veio a acontecer com o projeto “Comitiva Esperança”, idealizado junto com Almir Sater na década de oitenta.
Nascido em 12 de fevereiro de 1953, Paulo Simões é um artista in-quieto sempre em busca de novas emoções que acabam por serem traduzidas em suas belíssimas letras musicais. Letras que correm o mundo muitas vezes divulgando os “Sonhos Guaranis” da alma sul-mato-grossense.
Paulo Simões nasceu no Rio de Janeiro-RJ, no dia 12 de fevereiro de 1953, onde foi criado até os dezenove anos. Sua veia literária, que deu origem a sua vida de letrista musical, vem um pouco da mãe, Maria Gilka Rocha Simões Correa, que escrevia nos jornais da região de Parintins, onde nasceu, e do avô paterno, Adelmar Rocha, que foi membro da “Academia Piauiense de Letras”.
Foi criado em Campo Grande, que na sua infância era uma típica cidade do interior brasileiro com menos de cem mil habitantes. Sua primeira experiência musical aconteceu por volta dos seis anos de idade, no colégio. Quebrando o protocolo, apossou-se de um microfone, interpretando “Risque” e “Índia”. Mas seu convívio com a música aconteceu observando as aulas de violão de suas irmãs. Seu acesso à musica foi através do rádio e do toca-discos. Aos treze “descobriu” os Beatles e Roberto Carlos. A partir daí, foram muitas e variadas as informações musicais recebidas.
Em 1967, formou um grupo com o Geraldo Espíndola e o Maurício Barros Almeida (que mais tarde foi parceiro de Almir Sater na dupla “Lupe e Lampião”), “Os Bizarros”, que funcionava mais como um laboratório de idéias. Reunia gente preocupada em discutir música e buscar uma linguagem própria.
Com apenas dezesseis anos, viajou para os Estados Unidos, onde ficou por dois anos.
Paulo passou seus anos de formação universitária sob o domínio da ditadura. Naquele momento, ele não sabia o que fazer, e é isso que sua música “Trem do Pantanal” expressa bem. A perplexidade de uma geração diante de tantos e de nenhum caminho, está refletida em seus versos. A música foi feita em 1975, em parceria com o Geraldo Roca.
A música de Mato Grosso do Sul começou a brotar na sua vida desde garoto, ouvindo a música paraguaia, a música fronteiriça, que fazia parte do cotidiano de Campo Grande e também a música popular brasileira, urbana, tradicional, folclórica, transmitida pelo rádio e pelos discos de seus pais. Costumava ouvir Noel Rosa, Pixinguinha, Emilinha e Marlene nos discos de 78 rpm.
Em 1980, de volta do Rio de Janeiro, disposto a realizar um trabalho coerente e conseqüente de exploração do mercado regional, reencontrou Guilherme Rondon, pantaneiro de formação, que o convidou a ir ao Pantanal. Lá nasceram duas músicas: “Estranhas Coincidências” e “Paiaguás”. Mais tarde, nos idos de 82, começou a ver o Pantanal de verdade, mas superficialmente. Numa das vezes em que lá esteve, em companhia do Almir Sater, esse disse ao “Bandeirão”, que era o dono da fazenda onde nos encontrávamos: “- O Pantanal é demais!!!” No que o velho retrucou: - “Cê sabe o que é o Pantanal? Pra vocês saberem, deviam sair por aí numa comitiva, levando boiada. Vocês não sabem de nada. Vocês têm que pegar uma mula e sair por aí.”
Foi esse velho que deu a deixa de conhecer o Pantanal, através do olho pantaneiro e não do civilizado. E a partir daí, Paulo Simões e Almir Sater passaram a encarar a idéia de conhecer de fato o Pantanal, saber o que realmente ele era, gerando um projeto que envolveu o Governo do Estado, a FUNARTE e a Embrafilme, denominado ”Comitiva Esperança". Assumiram os riscos de organizar uma comitiva que, em vez de boiada, levava o violeiro Almir Sater, o violinista José Gomes, que é um artista de primeira categoria, e o compositor e letrista Paulo Simões. A partir de certo momento, uma equipe de filmagem da Tatu Filmes passou a gravar essa aventura e passaram três meses rodando o Pantanal. A princípio houve uma overdose de expectativas musicais nessa viagem, pois esperavam encontrar artistas pululando pelo Pantanal, o que foi um engano. Descobriram a realidade pantaneira em oposição ao pantanal sonho.
“Saímos em busca de festas de fazenda, onde houvesse gente, que nos falasse, por exemplo, do Pantanal, paraíso zen, e nos decepcionamos. O céu é só para um e está do lado de fora. Para quem vive lá dentro, pode parecer um inferno. Foi uma dialética que procuramos destrinchar. Só que com recursos insuficientes, com prazos reduzidos e até com resultados insatisfatórios. Na época ninguém se interessou pelo projeto. Descobri que o tesouro pantaneiro não está em festas de peões, mas guardado na memória do pantaneiro. O cérebro do pantaneiro é diferente do nosso. Ele não é afeito à precisão, é meio índio, meio zen em sua relação com a natureza. E eu, o Almir, o Zê Gomes e o pessoal da ‘Comitiva Esperança’ não éramos exploradores ansiosos, caçadores da arca perdida, loucos para abrí-la e exclamar: - Olhem só o que achamos, vejam o que descobrimos! Nossa recompensa foi nosso aprendizado”.
O registro dessa aventura pantaneira foi oferecido ao Governo do Estado na forma de um filme, e é um material até hoje desperdiçado. Ele é mostrado aleatoriamente aqui e ali, e é pouco discutido.
Hoje a música de Paulo Simões percorre "todos os trilhos da terra", como no verso final da sua música “Trem do Pantanal”. Regionalmente, continua percorrendo todos os caminhos que se oferecem.
“Citando um autor estranho, Carlos Castañeda, direi "que só se devem percorrer os caminhos que têm coração" e aqui em Mato Grosso do Sul vejo mil caminhos desse tipo, que eu gosto de percorrer e que até hoje não foram trilhados por ninguém. Apesar de achar que a mídia mundial já tomou conta de tudo neste planeta, descubro que ainda sobra espaço em nossa área.
Me sinto bem, inaugurando trilhos aqui e ali, que me podem permitir a esperança numa esquina, encontrar uma visão diferente da que já foi contemplada em outros centros urbanos. No momento, julgo que Mato Grosso do Sul está quase quebrando a casca do ovo. Se eu for um dos bicos que irão ajudar a quebrar essa casca, me sentirei feliz. Não é preciso que eu seja o primeiro.”


Musicos do MS (Tradicionais)

Helena Meirelles
Helena Meirelles (Bataguassu, 13 de agosto de 1924 — Presidente Epitacio, 28 de setembro de 2005) foi uma violeira, cantora e compositora brasileira, reconhecida mundialmente por seu talento como tocadora da denominada viola caipira (às vezes denominada simplesmente viola).

Biografia

Sua música é reconhecida pelas pessoas nativas do Mato Grosso do Sul, como expressão das raízes e da cultura da região. Sua primeira apresentação profissional em um teatro foi quando tinha 67 anos, e gravou dois discos em seguida. Em 1993, foi eleita pela pela revista americana Guitar Player (com voto de Eric Clapton), como uma das 100 melhores instrumentistas do mundo, por sua atuação nas violas de seis, oito, dez e doze cordas.
Faleceu vítima de parada cardiorespiratória aos 81 anos, e deixou onze filhos.

Álbuns

  • 1994 - Helena Meirelles

  • 1996 - Flor de guavira

  • 1997 - Raiz pantaneira

  • 2002 - Ao vivo (também conhecido como De volta ao Pantanal)

  • 2004 - Os bambas da viola (CD com a participação de Helena Meirelles)


  • Filme

    Helena Meirelles, a dama da viola.



    Musicos do MS (Tradicionais)

    Delio e Delinha


    Délio e Delinha são uma dupla sertaneja de cantores e compositores do Brasil. São primos, nascidos na cidade de Maracaju, no então estado de Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul.
    Biografia
    José Pompeu e Delanira Gonçalves Pompeu são naturais de Vista Alegre, no município de Maracaju-MS.Primos e também marido e mulher, iniciaram a carreira artística profissional na década de 1950, na mesma época em que haviam se casado. Cantando, de início, em festas e programas de auditório, foram conquistando uma rápida e merecida popularidade, que incentivou o casal a seguir em frente com maiores desafios.
    Carreira
    Conhecidos como "O Casal de Onças de Mato Grosso" em 1959, gravaram os rasqueados "Malvada" e "Cidades irmãs", ambos de autoria da dupla.
    Em 1960 gravaram, também de autoria da dupla, o rasqueado "Prenda querida" e a guarânia "Meu cigarro". Gravaram também no mesmo ano, entre outras composições, o rasqueado "Querendo você", em parceria com Biguá, radialista e compositor.
    A dupla estava empenhada em gravar ritmos considerados de raiz, como o rasqueado e a cava-verde, entre outros. Ainda em 1961 gravaram, de autoria da dupla, a cana-verde "Louvor a São João" e o arrasta-pé "Triste verdade". Em 1962 gravaram, também de autoria da dupla, os rasqueados "Coisinha querida", "Goianinha" e "Estrela do luar".
    Em 1963 gravaram, entre outras composições, o maxixe "Mundo de ilusão" e a cana-verde "Triste adeus", ambas de autoria da dupla. Em 1964, também de autoria da dupla, gravaram o rasqueado "Lembrando Mato Grosso" e o maxixe "Esperança perdida"


    Délio da Dupla Délio e Delinha em Campo Grande - MS, vitima de câncer no pulmão. José Pompeu faleceu aos 84 anos. Délio morreu no dia 09/02/2010.

    Musicos do MS (Tradicionais)

    Almir Sater


    Almir Eduardo Melke Sater (Campo Grande, 14 de novembro de 1956) é um violeiro, compositor, cantor e instrumentista brasileiro e atuou em novelas como ator.

    Biografia

    Nascido em Mato Grosso do Sul, desde os doze anos já tocava viola e gostava do mato e sons da natureza; Aos vinte anos mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar Direito, mas desistiu da carreira de advogado, tornando-se um músico, motivado inicialmente por escutar no Largo do Machado uma dupla tocando viola caipira . Então dedicou-se ao seu estudo, tendo Tião Carreiro como mestre. Retornou à Campo Grande onde formou a dupla Lupe e Lampião com um amigo, adotando Lupe como nome artístico. Em 1979 foi para São Paulo, onde iniciou um trabalho com sua conterrânea Tetê Espíndola, acompanhando também a cantora Diana Pequeno. Gravou seu primeiro disco em 1980, contando com a participação de Tetê Espíndola, Alzira Espíndola e Paulo Simões. Fez parte da geração Prata da Casa, no início dos anos 80, sendo uma das principais atrações do movimento que juntou os maiores expoentes da música sul-mato-grossense. Seu estilo caracteriza-se pelo experimentalismo e sua música é descrita como folk ,agrega uma sonoridade tipicamente caipira da viola de 10 cordas,o folk norte-americano e com influências das culturas fronteiriças do seu estado,como a música paraguaia e andina;e o resultado é único,ao mesmo tempo reflete traços populares e eruditos,despertando atenção de públicos diversos.

    Comitiva Esperança

    Juntamente com o parceiro Paulo Simões, com o maestro e violinista Zé Gomes, o jornalista, crítico e pesquisador Zuza Homem de Mello e do fotógrafo Raimundo Alves Filho, inicou uma comitiva que explorou o Pantanal, realizando registros fotográficos, pesquisando o modo de vida dos pantaneiros enquanto percorriam o Paiaguás, Nhecolândia, Piquiri, São Lourenço e Abobral. Esse projeto resultou em um documentário co-produzido por Almir Sater e Paulo Simões.

    Carreira na Televisão

    Estreou como ator na telenovela Pantanal, de Benedito Ruy Barbosa, pela Rede Manchete em 1990. Na trama, Almir deu muito o que falar por sua interpretação como Trindade, um peão misterioso que afirmava ter um pacto com o demônio. Em 1991 protagonizou, ao lado de Ingra Liberato a novela A História de Ana Raio e Zé Trovão, de Marcos Caruso, pela mesma emissora.
    Paralelamente, Almir estabeleceu ricas parcerias com Renato Teixeira e Paulo Simões criando verdadeiras pérolas do cancioneiro regional-popular. Com Sérgio Reis, o artista fez parcerias somente em novelas.
    Exímio violeiro, seu estilo caracteriza-se pelo experimentalismo, a utilização de diversas afinações diferentes e o resgate da música regional. Suas influências vão de Al Jarreau e Beatles às músicas mineira, andina e caipira/sertaneja tradicionais. Também toca violão e charango. Os personagens vividos pelo ator possuíam essas características, como pode ser visto em O rei do gado, de Benedito Ruy Barbosa, pela Rede Globo, em 1996, onde seu personagem fazia dupla com o personagem de Sérgio Reis, "Pirilampo & Saracura", tendo gravado, inclusive, músicas na trilha sonora da novela.
    Sua última aparição como ator foi na telenovela Bicho do Mato, de Bosco Brasil e Cristianne Fridman, pela Rede Record, em que interpretava a personagem Mariano. Foi um remake da telenovela homônima, de Chico de Assis e Renato Corrêa e Castro exibida pela Rede Globo em 1972.